Saudações

João dá Testemunho ao escrever o Evangelho "Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que seu testemunho é verdadeiro." Jo 21:24

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Um pequenino enviado por Deus


...e um pequenino os guiará.                                                            Isaías 11.6

            Eu aguardava os primeiros instantes do dia 25 de dezembro de 1987. Estava, pela primeira vez, sozinho em minha casa. Havia sete anos que o Senhor chamara minha filha mais moça para o outro lado da vida. Naquele ano, em maio, minha esposa, companheira de quase 50 anos, partira para também estar com o Senhor.
            Eu não estava tão sozinho, porque o Senhor Jesus sempre está conosco, mas o meu propósito era ficar ausente de qualquer comemoração de Natal, num ano marcado pela perda e por problemas de saúde.
            Porém, faltavam quinze minutos para a meia-noite quando bateram em minha porta solitária. Como um raio de luz divina, entrou uma criancinha, de menos de dois anos. A formosa Ana Paula, com seu jeito carinhoso e infantil, falou: “Vovô!” E seus pais me convidaram para a ceia do Natal. Lembrei-me do texto em Isaías: “Um pequenino os guiará”.
            Então, todas as resistências de minha deliberação foram rompidas, e senti, na voz da criancinha, a voz do meu Deus me conduzindo mais uma vez. Senti, naquele momento, a doce paz do Senhor Jesus em meu coração. Aleluia!

Walter Antunes Braga (Porto Alegre, RS, Brasil)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O tempo


“Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3.1)

            É muito difícil entender o tempo. Estamos muito acostumados aos automatismos da vida moderna e queremos que tudo aconteça na hora em que desejamos como o acender de uma lâmpada ao apertar o interruptor.
            No grego bíblico, existem dois termos para descrever o tempo: kromos (que indica o tempo humano) e kairós (que significa o tempo de Deus). Infelizmente, não conseguimos distinguir na prática a diferença entre estes dois tipos de tempo, mas, como Davi, pedimos ao Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios” (Salmo 90.12)
            John Wesley, fundador da igreja Metodista, disse, certa ocasião: “Embora esteja sempre sob pressão, eu nunca estou com pressa, porque nunca aceito mais trabalho do que posso fazer com calma de espírito”. A palavra de Deus também diz que um dia para o Senhor é como mil anos (2º Pedro 3.8). Deus vive o tempo da eternidade porque Ele é o Alfa e Ômega, o princípio e o fim (Apocalipse 21.6). Quando vivemos na presença de Deus, começamos a aprender a viver no tempo que Deus tem para nos dar.
            Certa vez, um amigo me disse que existem dois dias no ano em que não podemos fazer nada: ontem e amanhã. Mas o hoje é um dia especial porque é o presente de Deus para você. Precisamos aprender a viver um dia de cada vez.

Welfany Nolasco Rodrigues (Muriaé, MG, Brasil)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Deus nos fala e nem sempre ouvimos


“Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.” Salmo 121.1-2

            Depois de dois enfartes, em maio de 2004, uma experiência até então impensável para mim, percebi que Deus tem diversas maneiras de falar conosco, mas nem sempre O ouvimos.
            Para mim, Deus me falou pela voz de uma criança de sete anos (meu neto, Felipe Tadeu). Ele me convidou para a festa do dia das Mães do seu colégio, menos de 48 horas depois de eu ter chegado do hospital, por conta do primeiro enfarte, ocorrido no dia 1º de maio. Ao responder-lhe que não iria, ele apelou: “Vem, vôzinho, à festa do dia das Mães, vem”.
            Fui à festa e lá aconteceu o segundo enfarte, com atendimento imediato e a metros do hospital. Se tivesse ficado sozinho em casa, teria sido fatal. Hoje, percebo que Deus estava falando comigo há tempos e eu não entendia. Desde o dia 25 de abril, solicitei orações, via internet, para os 48 grupos onde divulgo todos os dias as mensagens devocionais, em seis idiomas para diversos países.
            Sou grato a Deus por ter colocado em minha vida, o meu tesouro, Felipe Tadeu, meu neto querido.

Eduardo Luiz Torres Alves (Rio de Janeiro, RJ, Brasil)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Chamado a testemunhar


“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” Atos 1.8

            Em uma manhã atarefada na clínica, conheci um doente de lepra que precisava de uma cirurgia em nosso hospital, a 100 km de distância. Quando lhe disse isso, ele começou a chorar. Disse que freqüentemente pensava em dar fim à vida por causa da doença, mas ainda queria viver. Imediatamente, senti a sugestão do Espírito Santo para dizer àquele homem que Jesus o amava e tinha vindo a este mundo para lhe dar vida abundante. Mas eu sabia que mais de cinqüenta pacientes aguardavam a minha visita; portanto, decidi adiar qualquer discussão espiritual. Pedi-lhe que voltasse três dias depois, com a intenção de lhe dar mais tempo e falar-lhe do amor de Deus. Mas ele nunca voltou.
            Com o passar do tempo, freqüentemente me perguntava se ele ainda estaria vivo. Pedi a Deus que me perdoasse por não ter partilhado o Evangelho com ele naquele dia, e roguei por sua vida.
            Alguns meses depois, viajei para ajudar no hospital. No domingo, fui à igreja. Enquanto cantava o hino, olhei em volta. Meu coração saltou de alegria quando vi o doente de lepra no meio da multidão, cantando jubilosamente. Louvei a Deus por ter salvado a vida daquele homem.

Pramila Barkataki (Uttar Pradesh, Índia)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Bicicleta

“O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão.” Salmo 37.23-24

            Quando meu filho, Rafael, tinha seis anos, sua maior vontade era andar de bicicleta, porque todos os seus amigos andavam. Próximo à nossa casa, temos uma área de lazer que se chama ambiental. É onde as crianças descarregam todas as suas energias nos finais de semana. Num domingo, levei meu filho lá para ensiná-lo a andar.
            A bicicleta dele tinha rodinhas de apoio. Ele foi até o final da via e voltou sem problemas.
            Quando, na próxima tentativa, eu soltei, ele caiu. Nova tentativa: segurei-o. Quando começou a andar, soltei, mas continuei correndo junto. Como ele sentia minha presença, não teve medo e andou sozinho. Aumentei minha velocidade e, ao me ver ao seu lado correndo, ele caiu. Mas sorriu em seguida, pois viu que era fácil, já que ao seu lado estava a minha segurança. Bastava somente acreditar que podia fazer.
            Assim também acontece conosco em nossa fé. Quando largamos a mão de Deus e nos esquecemos de que Ele está sempre ao nosso lado para nos proteger, nós nos sentimos inseguros e sozinhos, e aí caímos. Mas, quando agarramos a mão de Deus e temos a certeza de que Ele está sempre ao nosso lado, nos sentimos felizes e seguros, e andamos.

João Dilson Weiss Brandt (Curitiba, PR. Brasil)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Necessitando de Oração

“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos...” Efésios 6.18

            Todos os domingos, o meu papel no culto é apresentar os pedidos de oração do boletim. Um domingo, por engano, li um boletim antigo. Quando pronunciei o nome de Don, ele inclinou-se e sussurrou para a sua esposa: “Pergunto-me como descobriram sobre o meu olho.” Aconteceu que, durante a semana, ele havia ido ao pronto-socorro do hospital, com uma infecção no olho.
            Também li o nome de Jeff, e várias pessoas ligaram para ele durante a semana para se assegurarem de que estava bem. Mais tarde, a esposa de Jeff me disse: “Não se preocupe por ter anunciado o nome do Jeff por engano. Ele teve uma semana realmente difícil e precisava mesmo de alguns telefonemas.”
            A verdade é que todos nós precisamos de oração todos os dias, mesmo em dias comuns. Não é preciso uma emergência ou uma doença grave para tornar a oração necessária. Dificuldades no emprego, problemas de família, preocupação de saúde, aborrecimentos financeiros e as frustrações e desapontamentos da vida diária têm impacto sobre todos nós. Um dos presentes que podemos dar uns aos outros, como família da igreja, são nossas orações mútuas, mesmo em dias comuns. A oração pode nos tocar como nada mais.
Susan Beamer (Indiana, EUA)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

QUANDO DEUS CHAMA


“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13.35)

            A baixa luminosidade do farol de emergência me dizia que o carro no acostamento estava lá já havia algum tempo. “Precisam de ajuda?”, perguntei.
            “Sim”, respondeu o motorista enquanto ajudava sua esposa a entrar em meu carro. Ambos eram surdos. Perguntei se poderia levá-los a um telefone ou a um posto de serviço. “Não, obrigado. Apenas nos leve para casa”, respondeu. A casa deles ficava 50 quilômetros depois da minha. Queria ajudá-los, mas aquilo me parecia um pouco demais. Tentei encontrar uma desculpa, mas não encontrei nenhuma.
            Perguntei, com relutância: “Vocês gostariam de parar para comer alguma coisa?”
            “Não, obrigado; mas gostaríamos de ir a um banheiro.”
            Quando estávamos a caminho da casa deles, perguntei quanto tempo eles tinham ficado parados. “Três ou quatro horas/’, disse o homem. Balancei a cabeça em descrédito.
            “Quanto tempo, pretendiam esperar?”
            “Até que nossas orações fossem respondidas”, disse. Sua resposta de fé me silenciou e humilhou.
            Nós freqüentemente identificamos as pessoas enviadas por Deus como respostas às nossas orações. Mas quando não queremos passar por inconvenientes, mesmo quando relutamos, a graça de Deus expressa por meio de nossas ações pode fazer maravilhas.
Jim Opalek (Tennessee, EUA)